18 de abril de 2011

conto sem ponto

Eram uma casal muito sui generis. Todas as noites ela deixava sapatos à porta por recear uma saída de emergência. (Num cataclismo, que tenha sapatos!)
Ele todas as noites lhe fazia saber, por escrito, que ali terminavam namoro. Não lhe desse para morrer, de súbito, e ver o seu génio literário ofuscado por um enleio amoroso, um enamoramento vulgar por uma qualquer beleza extrovertida.

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